Ao tirar o Nokia N8 da sua caixa, e começar a usá-lo pela primeira vez, não há como não ficar assombrado com a capacidade do seu hardware e de sua parafernália multimídia. Afinal o smartphone da Nokia tem uma bela câmera de 12 MP, que é simplesmente sensacional. No entanto, todo esse aparato tecnológico presente no N8 pode acabar decepcionando frente ao software meio que "antiquado" e que pode acabar frustrando muitos usuários mais avançados, que esperam muito sistema operacional..
Em matéria de design, a Nokia caprichou no N8. Tanto que não para não ficar impressionado com ele. Simples e funcional, não há como negar que o aparelho foi feito com o que se tem de melhor em matŕia de tecnologia atualmente. Até a caixa azul, que inclui o smartphone e seus acessórios como o cabo HDMI, os fones de ouvido, o carregador e o cabo de dados, é bem bonita.
Uma vez fora da caixa, notamos que o N8 prima pela beleza, e é muito leve. Além disso seu corpo parece ser bem resistente, feito de um material durável, imune a riscos e arranhões. Disponível em várias cores - cinza escuro, prata, verde, azul ou laranja - o acabamento metalizado e minimalista se destaca dentre os demais aparelhos que encontramos no mercado.
A tela sensível ao toque de 3.5 polegadas, com resolução de 640X360, não é a maior que encontramos no mercado. No entanto, só o fato de ser capacitiva já é um grande avanço da Nokia, que vinha perdendo pontos por usar telas resistivas (como no N97), que são menos sensíveis que as de outros aparelhos como o iPhone 4 e o Galaxy S, por exemplo. Em matéria de resolução e de qualidade, o Nokia N8 perde para o iPhone 4 conforme já vimos neste comparativo.
Seguindo a tendência da maioria dos novos aparelhos produzidos por aí, o Nokia N8 tem apenas um botão, cuja principal finalidade é alternar entre a tela de menu e a tela inicial do sistema. Outra funcionalidade do botão é permitir que se tenha uma lista de todos os aplicativos abertos, bastando pressioná-lo durante alguns segundos.
O slot para o cartão microSD, a porta microUSB e a entrada para o cartão SIM da operadora ficam no lado direito, facilmente acessíveis para o usuário. Já no lado esquerdo ficam o controle de volume, um dispositivo para silenciar a campainha e o botão da câmera. Por sua vez o botão para ligar e desligar o aparelho ficam localizados na parte de cima do smartphone, assim como a saída de fone de ouvido no padrão de 3.5 mm e a saída HDMI.
O grande destaque do N8 é certamente a câmera de 12 MP, muito falada por aí. Ela fica na traseira do aparelho, tem lentes Carl Zeiss e flash Xenon, e falarei mais dela no decorrer deste texto.
Outro detalhe sobre o N8 que parece seguir as ideias da Apple sobre design, é a bateria. assim como no iPhone e no iPad, ela não é removível, de modo que quem quiser abrir a tampa traseira do smartphone vai ter lançar mão de uma chave de fenda. Isso pode parecer estranho para quem usa celulares mais antigos, mas o fato de que os smartphones atuais usam baterias que não sofrem de efeito memória justificam a escolha dos fabricantes de celular nesse ponto.
Acredito que a maior parte dos futuros usuários do Nokia N8 não ligarão muito para a questão do sistema Symbian ser um tanto quanto antiquado, e perder em recursos para o Android e o iOS. De qualquer maneira é bom saber que a aparência visual do Symbian^3 melhorou bastante, ganhando widgets e diversos ajustes. No entanto seu visual ainda peca em muitos quesitos, parecendo ter ficado meio preso ao passado, com fontes pequenas e tipografia um tanto enfadonha. Enfim, não dá para dizer que o Symbian^3 seja uma revolução em relação às versões anteriores do sistema.
E não só no aspecto visual que o Symbian perde para outros sistemas operacionais. Em matéria de funcionalidades ele também fica devendo. Enquanto que a maioria dos SOs de smartphones atuais permite que as fotos tiradas na câmera possam ser enviadas para redes sociais diretamente do aplicativo da câmera ou da galeria, o N8 necessita de um aplicativo especialmente feito para isso.
Outro ponto negativo do N8 é o teclado virtual, mais difícil de usar e menos espaçoso que o do Android. Quando o aparelho está no modo retrato, só é possível visualizar 12 teclas alfanuméricas, o que acaba obrigando você a optar por usar sempre o aparelho no modo de paisagem para ganhar mais espaço para digitar.
Amigável não é a palavra-chave para descrever o sistema operacional do N8. Criar atalhos para aplicativos na tela inicial é tanto quanto complicado. Além disso, há apenas 3 telas iniciais. Inicialmente isso pode não ser um problema para a maioria dos usuários, mas a medida que se instala novos aplicativos, a falta de espaço fica evidente. O problema são os "widgets", grandes demais. Outra coisa que incomoda é não poder "widgets" entre as telas iniciais. Fazer isso requer ter que excluir o "widget" numa tela e recriá-lo em outra.
A tarefa mais amigável em termos de "widgets" é a possibilidade arrastá-los para outros ligares da tela. Porém, há uma certa demora do sistema operacional em realizar a tarefa.
Apesar dos problemas, não dá para dizer que o Symbian^3 não traz muitas melhorias em relação aos seus irmãos mais velhos. Algumas partes do sistema como o navegador e a galeria de imagens ganharam suporte à vários toques. E mesmo com a dificuldade na criação de atalhos, como falei acima, dá para dizer que a realização de muitas tarefas comuns ficaram mais simples, exigindo menos toques na tela. Por exemplo, apertando a tela sobre o ícone da bateria durante alguns segundos abre uma tela com diversas informações sobre as redes Wi-Fi e USB, além de mostrar um relógio que pode ser configurado para ser usado como despertador.
No quesito navegação na web mais uma vez o Symbian^3 exibe seu lado pouco amigável. Enquanto se está com uma páginas aberta, acessar a toolbar do navegador exige que se toque um pequeno ícone no canto da tela. Depois, ao invés de simplesmente exibir a barra de ferramentas, o usuário se depara com mais três ícones. O problema é que eles não tem nenhuma descrição descrição, e qualquer pessoa que esteja usando o sistema pela primeira vez acabará ficando confuso sobre o que eles significam.
Falta ao navegador do N8 suporte ao Flash 10. Ele vem apenas com suporte à Flash Lite. Isso para alguns pode não ser problema, já que dá para ver alguns sites e vídeos com Flash. Já o ponto positivo do navegador é a velocidade para carregar as páginas tanto em conexão 3G como numa rede sem fio.
Agora chegamos à outro ponto forte no Nokia N8: a reprodução de vídeos. Destacando a tendência e a vocação multimídia do aparelho, os usuários ficarão impressionados com a qualidade de reprodução, que permite assistir vídeos em alta resolução e com som Dolby Digital Surround. A ótima tela OLED vai deixar os apaixonados por clipes e filmes muito entusiasmados com os recursos do N8.
A câmera traseira do N8 é um detalhe à parte, e a Nokia não exagerou ao apregoar suas qualidades. Com seus 12 MP, e lentes Carl Zeiss (comum em muitos aparelhos Nokia), ela é nota 10. As fotos são simplesmente incríveis, e tem detalhes que impressionam como a nitidez e o brilho natural.
Além disso a gravação de vídeos em HD também é excelente. Ao exibir os vídeos gravados usando o cabo HDMI que acompanha o N8 numa TV de Alta definição, até parece que estamos vendo um DVD. As imagens são mesmo muito boas e naturais.
O Nokia N8 peca um pouco em relação ao desempenho. Ainda que a navegação na web seja rápida, pelo menos uma vez o navegador fechou inesperadamente. Outro detalhe é que ao mudar de tela incial o usuário talvez note um certo atraso. Quem usa um Android ou até mesmo um iPhone sabe que basta arrastar o dedo para mudar a tela. O movimento acompanha o seu dedo. No caso do N8 é preciso fazer isso um pouco mais lentamente, pois a tela demora um pouco para mudar.
As chamadas no N8 são excelentes, com vozes nítidas e claras. Também a bateria tem ótimo desempenho. Mesmo sob uso de tarefas típicas do dia-a-dia, o N8 suportou bem durante um fim-de-semana inteiro. Claro que não avaliei seu uso intenso como ficar vendo vídeos ou ouvindo música o dia inteiro. Então acredito que as pessoas ficarão satisfeitas com a sua autonomia no uso diário, fazendo ligações, ouvindo músicas, mandando e-mails e conectando-se à internet.
O Nokia N8 é um ótimo aparelho, que tem lá os seus defeitos. A maioria deles se deve muito mais aos problemas com o sistema operacional Symbian^3 do que com o hardware, que é excelente. Não é exagero dizer que se ele tivesse outro SO, talvez o MeeGo ou o Android, as coisas ficariam bem melhores, e o colocaria num patamar muito mais elevado. Dizem que a Nokia está trabalhando numa nova versão do Symbian e, se isso for verdade, uma atualização no software seria muito bem-vinda.
via PC World
Notas sobre o design
Em matéria de design, a Nokia caprichou no N8. Tanto que não para não ficar impressionado com ele. Simples e funcional, não há como negar que o aparelho foi feito com o que se tem de melhor em matŕia de tecnologia atualmente. Até a caixa azul, que inclui o smartphone e seus acessórios como o cabo HDMI, os fones de ouvido, o carregador e o cabo de dados, é bem bonita.
Uma vez fora da caixa, notamos que o N8 prima pela beleza, e é muito leve. Além disso seu corpo parece ser bem resistente, feito de um material durável, imune a riscos e arranhões. Disponível em várias cores - cinza escuro, prata, verde, azul ou laranja - o acabamento metalizado e minimalista se destaca dentre os demais aparelhos que encontramos no mercado.
A tela sensível ao toque de 3.5 polegadas, com resolução de 640X360, não é a maior que encontramos no mercado. No entanto, só o fato de ser capacitiva já é um grande avanço da Nokia, que vinha perdendo pontos por usar telas resistivas (como no N97), que são menos sensíveis que as de outros aparelhos como o iPhone 4 e o Galaxy S, por exemplo. Em matéria de resolução e de qualidade, o Nokia N8 perde para o iPhone 4 conforme já vimos neste comparativo.
Seguindo a tendência da maioria dos novos aparelhos produzidos por aí, o Nokia N8 tem apenas um botão, cuja principal finalidade é alternar entre a tela de menu e a tela inicial do sistema. Outra funcionalidade do botão é permitir que se tenha uma lista de todos os aplicativos abertos, bastando pressioná-lo durante alguns segundos.
O slot para o cartão microSD, a porta microUSB e a entrada para o cartão SIM da operadora ficam no lado direito, facilmente acessíveis para o usuário. Já no lado esquerdo ficam o controle de volume, um dispositivo para silenciar a campainha e o botão da câmera. Por sua vez o botão para ligar e desligar o aparelho ficam localizados na parte de cima do smartphone, assim como a saída de fone de ouvido no padrão de 3.5 mm e a saída HDMI.
O grande destaque do N8 é certamente a câmera de 12 MP, muito falada por aí. Ela fica na traseira do aparelho, tem lentes Carl Zeiss e flash Xenon, e falarei mais dela no decorrer deste texto.
Outro detalhe sobre o N8 que parece seguir as ideias da Apple sobre design, é a bateria. assim como no iPhone e no iPad, ela não é removível, de modo que quem quiser abrir a tampa traseira do smartphone vai ter lançar mão de uma chave de fenda. Isso pode parecer estranho para quem usa celulares mais antigos, mas o fato de que os smartphones atuais usam baterias que não sofrem de efeito memória justificam a escolha dos fabricantes de celular nesse ponto.
O Sistema Operacional Symbian^3
Acredito que a maior parte dos futuros usuários do Nokia N8 não ligarão muito para a questão do sistema Symbian ser um tanto quanto antiquado, e perder em recursos para o Android e o iOS. De qualquer maneira é bom saber que a aparência visual do Symbian^3 melhorou bastante, ganhando widgets e diversos ajustes. No entanto seu visual ainda peca em muitos quesitos, parecendo ter ficado meio preso ao passado, com fontes pequenas e tipografia um tanto enfadonha. Enfim, não dá para dizer que o Symbian^3 seja uma revolução em relação às versões anteriores do sistema.
E não só no aspecto visual que o Symbian perde para outros sistemas operacionais. Em matéria de funcionalidades ele também fica devendo. Enquanto que a maioria dos SOs de smartphones atuais permite que as fotos tiradas na câmera possam ser enviadas para redes sociais diretamente do aplicativo da câmera ou da galeria, o N8 necessita de um aplicativo especialmente feito para isso.
Outro ponto negativo do N8 é o teclado virtual, mais difícil de usar e menos espaçoso que o do Android. Quando o aparelho está no modo retrato, só é possível visualizar 12 teclas alfanuméricas, o que acaba obrigando você a optar por usar sempre o aparelho no modo de paisagem para ganhar mais espaço para digitar.
Amigável não é a palavra-chave para descrever o sistema operacional do N8. Criar atalhos para aplicativos na tela inicial é tanto quanto complicado. Além disso, há apenas 3 telas iniciais. Inicialmente isso pode não ser um problema para a maioria dos usuários, mas a medida que se instala novos aplicativos, a falta de espaço fica evidente. O problema são os "widgets", grandes demais. Outra coisa que incomoda é não poder "widgets" entre as telas iniciais. Fazer isso requer ter que excluir o "widget" numa tela e recriá-lo em outra.
A tarefa mais amigável em termos de "widgets" é a possibilidade arrastá-los para outros ligares da tela. Porém, há uma certa demora do sistema operacional em realizar a tarefa.
Apesar dos problemas, não dá para dizer que o Symbian^3 não traz muitas melhorias em relação aos seus irmãos mais velhos. Algumas partes do sistema como o navegador e a galeria de imagens ganharam suporte à vários toques. E mesmo com a dificuldade na criação de atalhos, como falei acima, dá para dizer que a realização de muitas tarefas comuns ficaram mais simples, exigindo menos toques na tela. Por exemplo, apertando a tela sobre o ícone da bateria durante alguns segundos abre uma tela com diversas informações sobre as redes Wi-Fi e USB, além de mostrar um relógio que pode ser configurado para ser usado como despertador.
Internet e multimídia
No quesito navegação na web mais uma vez o Symbian^3 exibe seu lado pouco amigável. Enquanto se está com uma páginas aberta, acessar a toolbar do navegador exige que se toque um pequeno ícone no canto da tela. Depois, ao invés de simplesmente exibir a barra de ferramentas, o usuário se depara com mais três ícones. O problema é que eles não tem nenhuma descrição descrição, e qualquer pessoa que esteja usando o sistema pela primeira vez acabará ficando confuso sobre o que eles significam.
Falta ao navegador do N8 suporte ao Flash 10. Ele vem apenas com suporte à Flash Lite. Isso para alguns pode não ser problema, já que dá para ver alguns sites e vídeos com Flash. Já o ponto positivo do navegador é a velocidade para carregar as páginas tanto em conexão 3G como numa rede sem fio.
Agora chegamos à outro ponto forte no Nokia N8: a reprodução de vídeos. Destacando a tendência e a vocação multimídia do aparelho, os usuários ficarão impressionados com a qualidade de reprodução, que permite assistir vídeos em alta resolução e com som Dolby Digital Surround. A ótima tela OLED vai deixar os apaixonados por clipes e filmes muito entusiasmados com os recursos do N8.
A câmera nota 10
A câmera traseira do N8 é um detalhe à parte, e a Nokia não exagerou ao apregoar suas qualidades. Com seus 12 MP, e lentes Carl Zeiss (comum em muitos aparelhos Nokia), ela é nota 10. As fotos são simplesmente incríveis, e tem detalhes que impressionam como a nitidez e o brilho natural.
Além disso a gravação de vídeos em HD também é excelente. Ao exibir os vídeos gravados usando o cabo HDMI que acompanha o N8 numa TV de Alta definição, até parece que estamos vendo um DVD. As imagens são mesmo muito boas e naturais.
O Desempenho
O Nokia N8 peca um pouco em relação ao desempenho. Ainda que a navegação na web seja rápida, pelo menos uma vez o navegador fechou inesperadamente. Outro detalhe é que ao mudar de tela incial o usuário talvez note um certo atraso. Quem usa um Android ou até mesmo um iPhone sabe que basta arrastar o dedo para mudar a tela. O movimento acompanha o seu dedo. No caso do N8 é preciso fazer isso um pouco mais lentamente, pois a tela demora um pouco para mudar.
As chamadas no N8 são excelentes, com vozes nítidas e claras. Também a bateria tem ótimo desempenho. Mesmo sob uso de tarefas típicas do dia-a-dia, o N8 suportou bem durante um fim-de-semana inteiro. Claro que não avaliei seu uso intenso como ficar vendo vídeos ou ouvindo música o dia inteiro. Então acredito que as pessoas ficarão satisfeitas com a sua autonomia no uso diário, fazendo ligações, ouvindo músicas, mandando e-mails e conectando-se à internet.
Conclusão
O Nokia N8 é um ótimo aparelho, que tem lá os seus defeitos. A maioria deles se deve muito mais aos problemas com o sistema operacional Symbian^3 do que com o hardware, que é excelente. Não é exagero dizer que se ele tivesse outro SO, talvez o MeeGo ou o Android, as coisas ficariam bem melhores, e o colocaria num patamar muito mais elevado. Dizem que a Nokia está trabalhando numa nova versão do Symbian e, se isso for verdade, uma atualização no software seria muito bem-vinda.
via PC World