10 dicas para comprar um tablet

Já faz muito tempo publicamos uma matéria qui no blog dando dicas sobre como comprar um notebook. De lá para cá surgiram muitas novidades. A principal delas foi a ascensão dos tablets e o lançamento dos ultrabooks, que podem ser considerados a evolução dos notebooks. Mas o objetivo desta matéria é o de dar uma forcinha para quem quer comprar um tablet e não sabe por onde começar. As 10 dicas dadas aqui servem para os usuários fazer a melhor compra e fugir de algumas pegadinhas. Confira.

Processador

O processador é o cérebro do tablet. Trata-se de uma das partes mais importantes do dispositivo, pois é através dele que são feitos os processamentos dos aplicativos. Logo, quanto mais veloz ele for, melhor. No entanto, muita gente pode se perguntar: quanto é "veloz"? O mínimo que recomendo é velocidade de 1 Ghz. Se for dual-core (dois núcleos) ou quad-core como o Nvidia Tegra 3, ainda melhor.

Memória RAM

A memória RAM é um item de grande importância na hora de escolher um tablet para comprar. Existem muitas opções baratas no mercado, mas a maioria tem memória de 256 MB, o que faz com que o dispositivo não seja compatível com uma grande número de aplicativos e jogos disponíveis nas lojas de aplicativos como o Google Play. O mínimo que um tablet deve ter é 512 MB para um bom desempenho. O ideal é 1 GB ou mais.

Tamanho da tela

Existem tablets no mercado com telas de vários tamanhos. As menores tem 7 polegadas. O tamanho ideal é 10 polegadas, o tamanho aproximado do iPad. A verdade é que tablets de 7 polegadas são bem pequenos e pessoas com dificuldade para enxergar bem logo se cansarão. A vantagem, por outro lado, é que alguns modelos são tão pequenos que podem ser segurados com uma única mão, o que pode ser útil para fazer anotações e jogar alguns games. Por outro lado, quem pretende trabalhar e navegar na internet deve optar por modelos com telas maiores.

Tipo da tela

Há no mercado basicamente dois tipos de telas para tablets: as capacitivas e as resistivas. Normalmente quando eu vejo o anúncio de um tablet barato logo penso: "a tela deve ser resistiva". Quer um conselho? Fuja das telas resistivas, pois elas são difíceis de usar, pois exigem que o toque seja feito por pressão. Além disso elas também são pouco precisas. Para saber se um tablet tem tela resistiva é bem fácil: geralmente eles vem com uma canetinha. No caso das capacitivas, basta tocar a tela com o dedo.

Armazenamento interno

O armazenamento interno também é um item muito importante a se considerar na hora de comprar um bom tablet. Os tamanhos variam, mas podem ficar entre 2 GB e 128 GB. Aqui a regra, quanto mais melhor, também é verdadeira. Principalmente para quem pensa em guardar imagens, músicas e instalar muitos aplicativos no tablet. Um tablet com 32 GB de memória está de bom tamanho. E atenção: alguns modelos baratos no mercado oferecem apenas 4 GB de espaço, o que é bem pouco. Nesse caso, é preciso verificar se a capacidade pode ser expandida com um cartão de memória microSD. Para se ter uma ideia, o iPad 2 e o novo iPad não trazem essa opção.

Conectividade

Praticamente todos os tablets do mercado contam com conexão Wi-Fi e Bluetooth. Nesse caso, a conexão à internet é feita a partir de outro dispositivo, como um computador ou smartphone. Quem preferir pode comprar um tablet com 3G. Muitos modelos aceitam modems externos ou contam com entrada para o SIM card (chip). No entanto, geralmente eles são mais caros. Alguns modelos tem saída HDMI, mas não é algo essencial. Nesse caso, o que não pode fazer falta é a conexão USB. Por sinal, é algo que faz falta no iPad, por exemplo

Sistema operacional

O sistema operacional é o software mais importante do tablet. No entanto, não é possível escolher qual o sistema do tablet, pois quem determina isso é o fabricante. Atualmente o que mais predomina é o o iOS da Apple (iPad), e o Android, do Google. Vários fabricantes utilizam este último, o que pode ser um problema devido ao que se chama de "fragmentação". Essa tal de "fragmentação" faz com que existam no mercado centenas de modelos de tablets com versões diferentes do Android e que vão da 2.1 à 4.0.

No caso de se comprar um aparelho com o Android 2.1, por exemplo, não há qualquer garantia de que ele será atualizado para a versão mais recente do sistema. Além disso, é preciso levar em consideração que apenas o Android 3.0 (Honeycomb) em diante foi feito especialmente para rodar em tablets. Em relação ao iPad esse problema não existe, pois mesmo o iPad 1 pode ser atualização para a versão 5.1 do iOS, a mais recente.

Loja de aplicativos

A maioria dos tablets Android e o iPad contam com lojas de aplicativos, respectivamente o Google Play e a App Store, que permitem baixar programas e jogos para os aparelhos. No entanto, quem comprar um dispositivo Android deve estar atento, pois muitos modelos mais baratos não vem com o aplicativo do Google Play instalado. É o caso dos tablets Coby, por exemplo. Alguns vem com a AppsLib e outras com o GetJar. Embora seja possível baixar aplicativos desses sites não-oficiais, há uma limitação de aplicativos, principalmente em Português.

Marcas

A qualidade é realmente algo interessante. Nesse quesito nada supera o iPad. Entre as melhores marcas do mercado estão também a Apple, Samsung, Motorola, Sony e a brasileira Positivo, entre outras. No entanto, é preciso estar atento, pois muitos fabricantes apenas se limitam a montar o dispositivo no país. As marcas chinesas xing-ling são mais baratas, mas também são as piores. Em alguns casos, por exemplo, basta alguns dias de uso para a tela ficar toda riscada.

Acessórios

Quem pretende comprar um tablet, deve procurar também adquirir alguns acessórios. Uma capa, por exemplo, ajuda a proteger o dispositivo. Além disso, se a intenção é de usar o aparelho para escrever, o ideal é comprar um teclado físico. Outra opção é comprar um tablet conversível (ou híbrido) como o Asus Eee Pad Transformer, ou outro semelhante, que permite acoplar o teclado. Já desenhistas pode investir numa caneta.