Muitas vezes parece que a internet é uma grande fábrica de boatos e rumores. Para as grandes empresas está cada vez mais difícil manter suas informações em sigilo tal é a velocidade com que as notícias circulam pela rede. Assim foi com o iPhone 5, por exemplo, que enfrentou mais de dois anos de especulações e rumores. Alguns acabaram se confirmando enquanto outros, não. Até aí nada de mais, afinal a especulação é normal. O problema, para mim, é quando a coisa começa a ficar séria e a internet passa a divulgar notícias falsas.
E foi justamente isso o que aconteceu no último fim de semana com a divulgação em grandes portais na rede de que o humorista Edu Sterblitch, do Pânico na Band, estaria indo trabalhar na Globo. Eu, como fã da atração dominical, fiquei muito feliz com a notícia. No entanto fiquei, por assim dizer, abismado quando descobri que a notícia era falsa, e que o humorista famoso por fazer o personagem "Freddie Mercury prateado" não assinou nenhum contrato com a "Vênus platinada". A revelação foi feita ao vivo no programa de Domingo.O apresentador Emílio Surita fez questão de alertar os telespectadores para que não acreditam em tudo o que leem na internet. O episódio, claro, bombou nas redes sociais e chegou aos trend topics do Twitter com a hashtag #ChupaGlobo depois que o próprio Edu soltou a frase "Chupa Globo" em rede nacional. Agora, as suspeitas são de que tudo não passou de uma grande trollada orquestrada pelo próprio programa, que não anda bem com índices cada vez mais baixos de audiência.
A lição que fica com essa história é que a internet nem sempre é confiável como fonte de informações. As coisas nem sempre são o que parece. É preciso cuidado por parte de sites e blogs ao sair espalhando informações não confirmadas. Muita gente ignora as inverdades e erros perpetuados pelas páginas publicadas por pseudojornalistas. Recentemente um caso interessante aconteceu em relação à Wikipédia, que se recusou à alterar um tópico sobre um escritor americano por não considerá-lo uma fonte confiável para um artigo sobre sua própria obra. Estranho, no mínimo, estranho. E não vou falar nem dos milhares de tópicos com informações equivocadas encontradas na enciclopédia virtual.
Espero que o episódio com o programa de humor sirva de lição para que não aconteçam coisas semelhantes no futuro, e que as revistas, sites e jornais mudem essa ideia de que é melhor pedir desculpas depois do que perder um grande furo. Muitas vezes uma informação errada pode ter consequências irreversíveis na imagem de um profissional. O estrago nem sempre pode ser desfeito. As pessoas precisam ter consciência do poder da palavra, e que não podemos ser levianos com a vida dos outros.
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