O Google anunciou ontem que está abandonando o motor de renderização Webkit no navegador Chrome. A tecnologia, que também é usada no navegador Safari da Apple, é responsável pelo modo como o navegador carrega e exibe as páginas da web. No seu lugar a gigante de Mountain View usará uma tecnologia nova e criada por ela mesma. A nova engine é chamada de Blink.
Curiosamente o Google vai no caminho inverso da Opera, que resolveu adotar o Webkit em se navegador há pouco tempo. A justificativa do Google para essa mudança é a simplicidade e a velocidade. Segundo a empresa, o navegador Chrome utiliza uma tecnologia de multiprocessamento capaz de preservar as outras abas abertas quando um determinado site falha. Em outros navegadores isso poderia travar o aplicativo. O gerenciamento inteligente dos processos na memória evita esse problema.
No caso do browser do Google, esse processo precisa ser integrado ao restante do Webkit. O problema é que a engine desenvolvida pela Apple tornou-se complexa demais e traz coisas desnecessárias. O objetivo do Blink é justamente esse: o de simplificar as coisas e permitir que o Chrome seja mais leve e rápido.
Essa mudança no entanto gera um problema. Provavelmente os desenvolvedores e web designers terão que modificar o código dos sites no futuro para se adaptar ao Blink. Principalmente em se tratando de sites móveis que são desenvolvidos tendo como base o Webkit. Ou seja, a mudança realizada pelo Google pode resultar em complicações técnicas e dor de cabeça para quem trabalha com a criação de sites.
Por outro lado, a gigante americana é responsável pela popularização de muitas tecnologias. É ela quem muitas vezes dita as regras e tendências. Dificilmente empresas seguem na contramão do Google. Pelo contrário, se a companhia decide seguir um determinado caminho, não demora para que outras façam o mesmo para não ficar para trás.
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