A guerra dos browsers
Houve uma época em que os browsers (programas usados para navegar na internet) faziam parte de uma verdadeira guerra tecnológica. Essa batalha acontecia no mundo virtual e tinha, de um lado, o browser Internet Explorer da Microsoft e, de outro, o Navigator, da Netscape. Antes da entrada do IE no mercado o Netscape Navigator reinava quase absoluto. A disputa durou cerca de 4 anos (entre 1995 e 1999) e acabou vencida pela Microsoft.
A tática empregada pela companhia, ao embutir o Internet Explorer 4.0 no Windows 98, foi decisiva para a vitória. A prática foi considerada monopolista pela justiça americana em 2000. O Netscape, por sua vez, foi descontinuado do mercado e hoje parte do seu código é usado no Mozilla Firefox.
Steve Jobs versus Bill Gates
Na história da computação Steve Jobs e Bill Gates sempre foram protagonistas de grandes disputas. Uma das mais famosas envolve o Windows. Durante anos Steve Jobs acusou Bill Gates de ter "roubado" a interface gráfica do System 1.0 do Macintosh para utilizar na criação do Windows. Em 1997 aconteceu um dos capítulos mais improváveis na história das duas empresas e seus respectivos fundadores.
A Apple, em apuros financeiros, vendeu 150 milhões de dólares em ações sem direito a votos para a sua concorrente. A aparição de Bill Gates num grande telão na abertura da Macworld naquele ano, para fazer o anúncio do negócio, causou um grande alvoroço. Em sua biografia oficial, Jobs afirmou que errara ao aparecer pequeno diante de Gates naquele dia histórico.
Steve Jobs contra o Android
Criado em 2007 pelo Google o sistema operacional Android hoje é amplamente utilizado em aparelhos como celulares (smartphones), tablets e até em videogames. Para Steve Jobs o software não passava de uma cópia do sistema operacional do iPhone lançado também em 2007, 10 meses antes do Android. Em 2010, depois que o Google lançou seu smartphone próprio (o Nexus One) rodando o Android, Jobs prometeu gastar até o último centavo da Apple para destruir o sistema e afirmou que provocaria uma guerra termonuclear se fosse preciso. Para ele, o Android era fruto de um "roubo" e violava várias patentes da Apple. No entanto, o ex-CEO da Apple faleceu em 2011 antes de ver seu desejo realizado.A guerra das maçãs
Em 1981 a então Apple Computer e a Apple Corps (dona da gravadora dos "The Beatles") fizeram um acordo para dar fim a uma disputa jurídica em torno das suas marcas registradas. Basicamente ficou acertado que uma empresa não entraria no mercado da outra. Ou seja, a Apple Computer não entraria no mercado musical e a rival não se arriscaria no mercado de computadores. No entanto, anos depois a Apple Corps acionaria mais uma vez a Apple Computer na justiça acusando-a de violar o acordo de 1981.
A gota d'água foi o lançamento da iTunes Music Store em 2003, a loja de músicas do iPod. A disputa só terminaria em 2007. Um novo e milionário acordo permitiu que a então Apple Inc. pudesse continuar usando o logo e a marca "Apple" no iTunes. A briga entre as duas empresas teve um efeito colateral indesejado: durante anos o catálogo dos "Beatles" ficou de fora do iTunes. As canções dos 4 garotos de Liverpool só foram disponibilizadas na loja online da Apple em 2010.
Mark Zuckerberg contra irmãos Winklevoss
A criação da maior rede social do planeta é cercada de polêmicas. Em 2004 os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss acusaram o estudante de Harvard Mark Zuckerberg, de ter copiado a ideia da rede social e de ter usado parte do código fonte do site ConnectU para criar o Facebook. Os irmãos obtiveram um acordo no valor de 65 milhões de dólares e encerraram o caso. Mas, depois, decidiram reabrir o processo ao descobrir que o site faturava muito mais do que imaginavam. Em 2011 a decisão da justiça, porém, não lhes foi favorável.
Hoje os irmãos se dedicam a vários projetos na internet como uma rede social dedicada à investidores. Por sua vez, Zuckerberg é um dos mais jovens bilionários da história. E, além dos Winklevoss, o CEO do Facebook foi alvo de outros processos por pessoas afirmando serem os verdadeiros donos da rede social.
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