Há poucos dias o Google divulgou que a inteligência artificial é um dos mais pesquisados no brasil nos últimos 12 meses. A IA chegou para ficar. Ao que tudo indica não é apenas uma moda passageira. Cada vez mais empresas estão adotando a tecnologia em seus escritório. Ao mesmo tempo, grandes companhias vem trabalhando para integrar a inteligência artificial em seus softwares e sites. É o caso da Adobe.
A empresa incluiu diversos recursos desse tipo em seu famoso programa de edição de imagens Photoshop e demais serviços incluídos no Adobe Criative Cloud. Apesar de novos recursos serem sempre bem-vindos, a atualização dos termos de uso desse e outros aplicativos da companhia causou polêmica entre usuários na última semana. Tudo por conta de algo relacionado à IA.
A suspeita de que a empresa poderia utilizar o conteúdo produzido pelo usuário para treinar a inteligência artificial irritou muitos assinantes do serviço nos Estados Unidos, Brasil e outros países. Muita gente ficou com medo de que a Adobe poderia "roubar" os conteúdos criados por eles. A possibilidade de que conteúdos protegidos por direitos autorais ou acordos de confidencialidade possam ser acessados pela empresa ancedeu um sinal de alerta.
Veja o que diz o trecho dos novos termos de uso divulgado pela Adobe recentemente:
"4.2 Licenças para Seu Conteúdo. Somente com o propósito de operar ou melhorar os Serviços e o Software, você nos concede uma licença não exclusiva, mundial, livre de royalties e sublicenciável para usar, reproduzir, exibir publicamente, distribuir, modificar, criar trabalhos derivados, executar publicamente e traduzir o Conteúdo. Por exemplo, podemos sublicenciar nosso direito ao Conteúdo para nossos prestadores de serviços ou outros usuários para permitir que os Serviços e o Software operem como pretendido, por exemplo, para que você compartilhe fotos com outras pessoas. Separadamente, a seção 4.6 (Feedback) abaixo trata de qualquer Feedback que você nos fornecer. "
Embora a Adobe declare que suas ações visam melhorar seus serviços e softwares, houve especulações de que a empresa poderia utilizar imagens, vídeos e textos dos usuários para treinar seus modelos de IA, como o Adobe Firefly.
Contudo, a companhia esclareceu que não tem intenção de usar o conteúdo dos clientes para o treinamento de seus modelos de IA, e que os modelos atuais do Adobe Firefly são treinados com conteúdo licenciado e de domínio público.
É provável que a preocupação seja totalmente exagerada e infundada. A empresa informa que o processo é realizado "apenas de maneira limitada e somente conforme permitido por lei". Além disso, é preciso saber que é bem simples desativar a opção de "Análise de conteúdo" em seu perfil na Adobe. Basta acessar a aba "Privacidade e dados pessoais" e desabilitar a coleta de dados e informações.
De qualquer forma, a discussão em torno desses termos destaca a importância de transparência e proteção dos direitos dos usuários. Especialmente quanto ao uso de dados dos usuários para uso no aperfeiçoamento de tecnologias como a da inteligência artificial.
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