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Comprar TV 3D: é um bom momento para isso?

Comprar TV 3D
Embora muita gente acredite que ela surgiu com o lançamento do longa "Avatar" em 2009, de James Cameron (Titanic), a tecnologia 3D no cinema é relativamente antiga. Segundo o jornalista e crítico de cinema Hamilton Rosa Jr., que mantém um blog dedicado à sétima arte, o Cinelog, as tentativas de exibir conteúdo em três dimensões começou ainda na época dos filmes mudos.

No Natal de 1922 uma companhia chamada Teleview lançou um filme curto utilizando uma técnica rudimentar: a sobreposição de dois negativos para criar o efeito 3D. De lá para cá muita coisa mudou. As tecnologias analógicas deram lugar às digitais e tudo levava a crer que o 3D seria o futuro do cinema e da televisão. No entanto, o futuro do 3D agora parece incerto.

Com o sucesso de Avatar, lançado em formatos como RealD 3D e IMAX 3D, os estúdios acreditavam que a tecnologia estava pronta para se popularizar. Afinal o longa de James Cameron tornou-se um verdadeiro "arrasa quarteirão" sendo o primeiro filme da história a quebrar a barreira dos 2 bilhões de dólares arrecadados. Além disso o longa-metragem conseguiu a façanha de superar a bilheteria de "Titanic". Esse sucesso levou os estúdios a produzirem outros longas utilizando a tecnologia 3D. E foi também o que motivou o relançamento de antigos sucessos convertidos para 3D, incluindo o próprio "Titanic" e "Parque dos Dinossauros", entre outros.

Apesar de ter surgido no cinema a tecnologia 3D precisava alçar voos mais altos, saindo das salas de exibição e chegando aos lares de todo o mundo. Foi assim que nasceu a TV 3D em 2010. Como aconteceu no cinema a tecnologia seguiu a trilha de sucesso aberta por "Avatar". Na época a televisão 3D era apontada como a grande tendência no que diz respeito ao entretenimento doméstico. Lá fora canais como a BBC e ESPN apostaram na tecnologia. A rede de televisão estatal britânica exibiu as Olimpíadas de Londres em 3D. E o canal de esportes apostou na transmissão de torneios de golfe e jogos de futebol em 3D.

A expectativa era de que a TV 3D começaria a se tornar popular a partir deste ano. Assim como as Olimpíadas, a transmissão da Copa do Mundo de 2014 em 3D tinha tudo para dar um grande impulso nessa direção. Mas isso pode não se concretizar. A razão? A falta de interesse do público em relação à tecnologia, o que levou as duas redes de televisão citadas acima a parar de transmitir em 3D. A BBC divulgou que o episódio que comemora os 50 anos da série "Doctor Who" deve marcar o fim das exibições em 3D do canal britânico. O mesmo fará o ESPN. Até o fim do ano a rede americana, que pertence Disney, fechará seu canal 3D à cabo. Num efeito cascata o fechamento do ESPN 3D pode levar a FIFA à desistir de transmitir os jogos da Copa do Mundo no Brasil em 3D.

Talvez seja cedo demais para dizer que a televisão 3D está condenada ao fracasso. Mas está claro que a falta de conteúdo é um grande empecilho para quem pensa em comprar uma televisão 3D no Brasil. Por outro lado os preços caíram, e muito, nos último 3 anos. Se em 2010 a média de preços era em torno de 6 mil reais hoje é possível comprar um por um terço desse valor. Pesquisando em sites comparativos de preços é possível encontrar modelos com telas de 42 polegadas custando menos de 2 mil reais.

Para o consumidor, portanto, talvez seja melhor esperar um pouco antes de comprar uma televisão 3D. A perspectiva do mercado é de que outras tecnologias sejam combinadas com o 3D. Uma delas é o Ultra HD, também conhecido como 4K, cuja promessa é a exibição de imagens numa definição muito mais alta que o Full HD. Outra tecnologia promissora é a Dolby 3D, desenvolvida pela Dolby e a Philips.

Ela permitirá a exibição de imagens em 3 dimensões sem a necessidade de usar óculos não só em TVs como também em smartphones e tablets. Através dessa tecnologia as imagens tridimensionais poderiam ser vistas a partir de qualquer ângulo à olho nu. Os primeiros equipamentos compatíveis com o Dolby 3D devem chegar ao mercado no início de 2015. A vantagem dessa tecnologia é que ela tem o apoio da Cameron Pace Group, empresa que pertence a James Cameron.


Publicado em:

08/08/2013 - Yahoo BR Finanças

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